Mãe Coragem
O início do espetáculo inicia com a atriz principal contando o contexto de Mãe Coragem enquanto se caracterizava, sequência interessante pois os comentários costumam vir depois do espetáculo terminado. Além de me localizar sobre o contexto daquele espetáculo, a sequencia de como foi se transformando na peça em si me deixou curiosa.
Segundo expectador que estava assistindo o espetáculo ao vivo: “A imagem mental pra quem assistiu e quem não assistiu será uma realidade através de sua interpretação” (MAGALHÃES, 2020). Comentário este que concordei totalmente, pois assistir um espetáculo pela tela de uma plataforma tecnológica requer muito mais da imaginação e atenção para a interpretação, pois muitos detalhes acabam se perdendo quando não estamos presencialmente acompanhando. No presencial percebemos os detalhes da iluminação que poderia ser mais escuro, dos elementos de cenário que poderia haver uma carroça por exemplo, e os personagens que faltaram, onde as vozes de fundo me remeteu a ecos.
Porém no quesito truques ao olhar tecnológico e usar como ferramenta positiva, o jogo de cintura da atriz e do cenógrafo que tiveram em momentos de troca entre a personagem e a atriz foi essencial para que quem estivesse assistindo pudesse distinguir a hora que as falas eram trocadas, truque este, que imagino que foram ensaiados.
A forma abordada como método de prender a atenção do expectador que se distrai fácil em espetáculos on-line é interessante, onde o retoque da maquiagem no espelho foram os elementos principais da cena, na verdade, com o espelho em si dá pra fazer muita coisa.
Acredito que todos os desafios são potentes, mesmo sendo ruins em algum momento, como por exemplo a visão restrita do espaço e as diferenciações de som que o espetáculo online proporciona. Mais com toda experiência assistida, me interessa as formas de recriar e ressignificar o desafio online. As ressignificações que independente da plataforma usada continua a atravessar os pensamentos do expectador.
Acadêmica: Tuany Yukari Yagura (Artes Cênicas UEM)
Maringá, 21 de março de 2021
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